por Arichon Gomes.
O primeiro choro inaugurando os pulmões, a mistura de cores ao abrir pela primeira vez os olhos, os ruídos no destampar dos ouvidos e as sensações confusas de calor e frio da virgem pele é iniciação para a percepção do sentido.
Os primeiros passos, o medo de cair, a constatação da necessidade da companhia, a fome, a curiosidade, o desbravar do mundo na infância, as primeiras sílabas escritas...
Qual o sentido disso tudo? Para quê? E por quê? E na busca do saber essas respostas um turbilhão de sentimentos e momentos constroem e destroem quase que simultaneamente e a todo o tempo convicções que surgem e se perdem como que uma brisa, um sopro.
E no viver destas experiências o acúmulo dessas informações durante nossa passagem neste plano a conclusão que nos deparamos no final e achamos que já o sabemos, vamos embora.
Justamente quando suspeitamos de que as coisas começam a fazer sentido, a estrada termina, a luz se apaga, a expiração do descanso nos surpreende. Agora tudo faz sentido. Cada qual encontra as respostas de seus questionamentos. Deixa-se a dúvida surge o entendimento. Quando tudo começa a fazer sentido.
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