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Cantinho da Poesia - Edição de Novembro de 2022.






Por Ana Paula Soeiro.







Cantinho da Poesia - Edição de n de 2022.


Na edição deste mês confira a participação dos poetas:

1- Claudio Miranda - Rio de Janeiro/RJ. 2- Claudio Trindade - Três Passos/RS. 3- Diana Balis- Rio de Janeiro/RJ. 4- Jorge Cosendey - Rio de Janeiro/RJ. 5- Lírian Tabosa - Fortaleza/CE. 6- Noemia Santos - São Paulo/SP. 7- Regina Rodrigues - Rio de Janeiro/RJ. 8- Sol Dantas - rio de Janeiro/RJ.






Poeta Cláudio Miranda.




Espada Desembainhada


Não me venhas com sua espada desembainhada.

Não me corte com palavras afiadas.

Deixe viva a minha ilusão.

Erga seus olhos e veja que esse homem à sua frente,

Só é feliz e vive contente, porque pensa ser amado.

Me deixe ficar ao seu lado com a certeza que és minha, pois eu sou seu.

Não me venha com sua espada desembainhada.

Não me corte com palavras afiadas, deixe viva minha ilusão.

A ilusão que sou amado e que é meu o seu coração.







Poeta Claudio Trindade.





Mão Dupla


Sentimento positivo

Vasto leque

Pessoas, por suas ações

Entidades pela admiração e consideração


Para ganhar respeito

Devo mostrá-lo

Auto respeito, como sou,

Penso, compreendo,...


Ouvir, para ser ouvido

Escutar com atenção

Ser sincero, falar a verdade

Aprender com os mais velhos


Olhar para trás

Autorrespeito primeira referência

Rever impressões

Ver o que não está óbvio


Sentimento profundo

Sem ofensas ato infame

Insultos, agressão verbal...

Respeito é a base


Respeite para ser respeitado

Havendo confiança, amizade

Teremos respeito

É bom, faz bem, todos gostam...


Respeitar a tudo e todos

Opções diversas

Ações e pontos de vistas

Atos diversificados


Tratar o outro com atenção

consideração

Estimar ao próximo

Saudar a todos


Está em nossa formação

Nossa casa, nosso respeito

Quer receber...

Faça ao outro


Respeito gera empatia,

gratidão, gentileza

O meu conhecer

É a base de tudo


Tudo que dou, volta

Ação de mão dupla

É a chave, gratuita

As escolhas são individuais


Respeito, é bom...






Poetisa Diana Balis.





Livre


Um voo

O grito

Desenho de espécies raras.


Um coro

A vela

Sopro de ar na canção.


O vento

À tarde

Desterro de imagens.


O gosto

Há sabor

Debulhados os trigos.


Mais uma tarde arde rara, na canção de imagens, os trigos voam!







Poeta Jorge Cosendey.







Quadriênio



A visão que tenho da urna escura

É uma enorme insatisfação de novo

Que no porvir a quem de certo apura

A vontade plena da liberdade do povo


Acreditar pode ser um ledo engano

Quando a escolha se torna tomento

Há se aprender e aplicar novo plano

E sempre chega a força do momento


A verdade é lúcida e sempre vem à tona

Perdoar é a máxima mimese à vingança

Onde as meras palavras ecoam na lona

A fuga da responsabilidade na andança


O fim do ciclo evidente à democracia

A mudança necessária à nova vida

É lícito, é lúcido, é liquidez e alegria

A nação que se vigora firme e refletida





Poetisa Lirian Tabosa.





Amor Entre Letras


Vogais

Que amam as consoantes,

Vão se unindo alegres,

Palavras formando.


A, E, I, O, U, unidas

Ditongo ou tritongo fazem,

Conforme a boca em movimento,

Crescente ou decrescente sai

E separadas são hi-a-tos

Na sa-ú-de e até no sa-bi-á.


Não há palavra sem vogal,

O amor entre elas é muito grande,

Nos dando exemplo e lição

Pedindo a todos nós,

Um ser vogal e outro, com – soantes.






Poetisa Noemia Santos.






Gotas de Prata


Apesar do alaranjado fim de tarde, pessoas passeiam despreocupadas.

De repente, aquelas pessoas começaram a correr assustadas pela violência dos ventos, em busca de abrigos.

Longínquos trovões e as aflições das árvores vergam-se assustadas com estampidos e relâmpagos naquela tarde...

A claridade ilumina as nuvens, do céu começaram a descer gotas de prata.

É chuva! Do céu, a chuva torrencialmente toca o solo.

Pessoas continuam a correr em busca de abrigos. É chuva.

Do solo sobe um cheiro de terra molhada.

Entristecido, o céu chora, a natureza também.

Nessa hora em que a natureza entristecida chora.

Pela poluição e pelas queimadas nas nossas matas.

A chuva passou, o que restou?

Uma gotinha de orvalho na pétala da flor.







Poetisa Regina Rodrigues.






Dançar


Dançar é terapêutico,

É um bálsamo,

É mágico!


Quando danço com música suave,

Minha alma fica leve,

Como se estivesse numa nave.


Quando meu par é um parceiro de bamba,

Prefiro dançar um samba.

Que me embala e me agita,

Esqueço até dos problemas da vida.


Às vezes são tantos leros e leros;

Que prefiro dançar uns boleros.


Decidi viver a vida em movimento,

E deixar de lado qualquer tipo de lamento.

A vida pode até me fazer chorar,

Mas sei que lágrimas em sorrisos,

Podem se transformar.

Então por que não dançar?






Poetisa Sol Dantas.





Mudança


É... Tudo muda,

Até uma planta

Que começa como uma pequena muda,

Cresce, desabrocha...Muda!

Todos também mudam,

Eles mudam...

Ela muda...

Você, muda...

E eu?

Mudo...

Então,muda!

Não muda de calar-se,

Mas a nítida mudança que grita,

É tão óbvia...

Sim! Está claramente definida,

Ela fala... Não é muda,

Mas...Muda!

Tão fácil assumir que há sim mudança,

Essa mesma que hoje me deixa descontente

Tá sim...Diferente!

Não sei se foi o olhar que ficou vago

Ou o sorriso que de brilhante ficou opaco,

Não sei se a Amizade que era quente

Agora esfriou...Congelou,

Findou.

Eu ingênua não percebi,

Onde havia reticências de Amizade Infinita,

Hoje há um ponto,

Esse ponto que finda!

Mudou...

Mudança dói.

Às vezes é melhor se fazer de cega

Ou calar-se...Ficar muda,

Diante dessa fria mudança sua!

Já sei...Vai dizer que também mudei,

Vou confirmar...Mudei sim!

Mudança essa, a qual fui obrigada

Afinal...Se mudaste comigo,

Vejo-me obrigada a fazer o mesmo contigo.

Essa metamorfose machuca, mas foi preciso

Pois quem muda comigo não ver

Ou põe vendas para não perceber

Tamanha dor que sinto.

Dor de uma gritante mudança que silencia

E causa distância... Você de mim se distancia.

É... Realmente, tudo muda,

Eu mudo...

Fico muda!




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